
Legado Amazônia
Uma herança dos povos originários
Herança lindamente oferecida pelos povos originários, a Amazônia é o legado de uma “floresta cultural”, patrimônio natural e cultural ao mesmo tempo, o qual demanda não apenas sua conservação, como o mais amplo conhecimento da sociedade e, com base nesse debate, aplicar estratégias de uso e manutenção. Apesar de isto não estar ainda predominante nos livros escolares, a floresta já produziu civilizações ainda misteriosas, certamente muito avançadas, com fartura de alimento, justiça social, práticas de cura admiradas, magia e rituais sofisticados, beleza, alegria… as novas gerações, como as futuras, merecem o legado que lhe é devido.
Observação: o artigo é ilustrado com fotografias do acervo a título de demonstração do potencial didático da Palestra proposta.

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Orquídea Catasetus saccatum e o dedo curioso
É surpreendente para quem observa pela primeira vez, ver como funciona o mecanismo de polinização. Há um gatilho, que se destaca bem na flor e que na menor aproximação dispara a polínia sobre as costas do mangangá, que é o polinizador desta espécie. O dedo do curioso observador apenas ilustra como funciona e crianças adoram fazer isso. Difícil é explicar que não podem disparar todas as polínia, tem que deixar algumas para o polinizador, pois ele é o legitimo mensageiro para alcançar e informar outra flor…

1ª parte da palestra por Juliana Belota
Apresentação da contextualização do projeto, expondo as grandes linhas, motivações, procedimentos e resultados esperados.
Proposta
Palestra com o fotógrafo Leonide Principe
A presente proposta é de realização de palestra presencial sobre o Projeto PhotoAmazonica – um acervo/Banco de imagens do fotógrafo, Leonide Principe, disponível no site: https://leonideprincipe.photos e no Centro Cultural dos Povos da Amazônia (CCPA), Amazonas.
A presente palestra é uma mostra da Exposição “30 anos de floresta: a Amazônia na fotografia de Leonide Principe”, realizada na recente Cúpula dos Países Pan-Amazônicos, em Belém do Pará e no Senado Federal, em Brasília.
O projeto PhotoAmazonica conta com uma plataforma de Eco-educação Interativa na plataforma digital do projeto: https://eco.leonideprincipe.photos. A ideia é proporcionar à escola a opção de querer formar multiplicadores no uso da ferramenta, para a educação ambiental a partir da arte visual, e só uso da linguagem imagética, a fim de disponibilizar aos alunos uma plataforma que é um banco de imagens da Amazônia, para aprender, sobre a Amazônia – o bioma, ecossistemas, fauna, flora, paisagens, gente, festas, centros urbanos, história, filosofia, e urbanística.
Desta forma, os professores e os alunos passam a ter contato com o ensino da educação ambiental sobre o bioma Amazônico, no próprio bioma, a partir de seleção de mostras do acervo que podem acontecer de acordo a necessidade da escola. A coleção do acervo do projeto PhotoAmazonica, do fotógrafo Leonide Principe, está disponível no site: https://leonideprincipe.photos. Leonide Principe é fotógrafo de natureza e possui um dos maiores Bancos de Imagens da Amazônia.
Contextualização do projeto PhotoAmazonica
O projeto PhotoAmazonica é um Banco de Imagens da Amazônia, que revela a jornada fotográfica percorrida pelo fotógrafo, Leonide Principe, durante 33 anos, na Amazônia. “Nasce de uma determinação de documentar o bioma Amazônico, seus ecossistemas, sua sociobiodiversidade”, afirma Leonide Principe.
O acervo PhotoAmazonica está disponível, em um projeto piloto de sistema on line, em site estruturado segundo vocabulário controlado de palavras-chave, divididas em categorias e subcategorias, hierarquicamente organizadas, em inglês e português.
Vale ressaltar que este acervo se encontra no Centro Cultural Povos da Amazônia (CCPA), tendo sido adquirido nos anos 2000, pela Secretaria Estadual de Cultura (SEC/AM). E é importante destacar que o projeto PhotoAmazonica está apto a integrar o Sistema TainacanTainacan é um sistema de gerenciamento de coleções digitais de código aberto desenvolvido pela Universidade de Brasília. Ele permite que os usuários criem e gerenciem coleções digitais, incluindo conteúdo multimídia, através de uma interface baseada na web. O Tainacan oferece recursos como gerenciamento de metadados, papéis e permissões de usuários e importação/exportação de itens. Ele também permite que os usuários criem tipos de itens, taxonomias e campos de metadados personalizados. Pode ser usado para construir uma variedade de coleções digitais, incluindo arquivos, museus e bibliotecas. Ele está integrado com Wordpress e é um plugin, o que significa que pode ser usado como um plugin para um site Wordpress, permitindo a integração das coleções digitais dentro do site. More – sistema criado pelo Ibram, a fim de disponibilizar coleções museológicas em sistema inter-museus instituições, escolas e universidades.
Vivência Eco-Educacional na web
A plataforma Eco-Educação Interativa tem a natureza Amazônica como tema inspirador central. A proposta é disponibilizar o acervo para uso das escolas, a partir da formação de multiplicadores dentro da própria escola. Eco-educação Interativa, na plataforma digital do projeto PhotoAmazonica, é utilizar o acervo com + de 100 mil fotografias para a Educação Ambiental, tratando de disponibilizar aos estudantes, uma mostra do bioma amazônico, em rara eco-cobertura da sua sociobiodiversidade. A plataforma conta com cursos voltados à Educação Ambiental e à Fotografia de Natureza, resultando em uma vivência eco-educacional na web.
2ª parte por Leonide Principe
Apresentação de uma seleção de fotografia compondo aspectos do bioma amazônico, assim como o boto-vermelhoBoto-vermelho – (Inia geoffrensis). Cetáceos que vivem em rios e lagos da Amazônia. Seu comportamento é semelhante ao dos golfinhos. Uma das lendas mais comuns que se referem ao animal é que ele se transforma em um jovem bem vestido e bonito que vai a festas ao longo do rio, onde seduz as meninas. Antes do amanhecer, ele foge e volta ao rio ou lago onde se transforma novamente em boto. Em sua expedição, Jacques Cousteau deu-lhe a denominação “rosa”. Na tradição amazônica, porém, é conhecido como boto “vermelho”. Costuma vaguear sozinho ou aos pares e aproxima-se frequentemente do homem, mesmo quando pesca. O outro golfinho da Amazônia é o boto-tucuxi (Sotalia fluviatilis), tem o dorso mais escuro, é menor e mais tímido. More, os povos ribeirinhos, escalada de árvores na floresta, crianças na natureza, macacos, preguiças, orquídeas selvagens em seu habitat, etc.
Segue alguns exemplos dos assuntos tratados na palestra com o suporte de projeção de slides:
- Escalada de árvores:
Estamos falando de floresta e numa floresta o que mais tem são árvores, majestosas, emergentes, com até 70 metros de áltura, com uma vida exuberante. Estima-se que. na floresta, 80% da vida se concentra no dossel, a copa das árvores. Os povos indígenas sempre tiveram, do jeito deles, essa habilidade de alcançar os cumes da floresta. Em nossos dias, também existe a oportunidade de se elevar às alturas das árvores, propiciando, dentro de uma floresta como a amazônica, uma das maneiras mais conectadas, gratificantes e ricas de amadurecimento. A escalada de árvores pode ser uma profissão, um lazer, ou um simples passeio guiado. No meu caso, eu sou facilitador de escalada de árvores e posso conduzir até três pessoas inexperientes com equipamentos especiais e com um padrão de segurança parecido com os protocolos da aviação.




- O golfinho dos rios amazônicos
Mítica figura amazônica, o boto-vermelho, como é conhecido pelos povos ribeirinhos, é um golfinho que entrou na bacia do grande rio e se adaptou perfeitamente ao ambiente. A coluna vertebral do alegre mamífero, ao contrario dos seus parentes do mar, é bem flexível e ele consegue nadar com facilidade no igapóIgapó vem do tupi ia’pó. Faixa de mata com vegetação própria, por onde as águas normalmente penetram na época das cheias. Muitas variedades de peixes dependem dos igapós para desovar, proteger e alimentar seus filhotes. Em geral, a vida aquática da bacia amazônica é muito dependente dos igapós por causa das frutas, insetos e pequenos animais que eles contêm. Portanto, para manter o equilíbrio ecológico, é fundamental que a vegetação das áreas alagadas seja preservada. More, ou floresta inundada, que é exatamente onde o peixe se refugia e onde o nosso querido consegue magistralmente seu alimento.



- Ribeirinhos
Na Amazônia as ruas são rios



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