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A Cobra Grande
Na selva amazônica, no coração do arquipélago Anavilhanas, a lenda antiga se manifesta e conta a história de uma cobra gigante, a Mãe das Águas. Várias vezes ribeirinhos já me contaram, cada qual com sua experiência, de encontros diferenciados, porém alguns detalhes permanecem constantemente perturbadores, como o gigantesco corpo do réptil, como os dois chifres que tem na cabeça, sendo descritos como as presas que cresceram para cima, como uma forte chuva durante as aparições, como o profundo sulco que aparece de repente numa praia entre dois lagos.
A Mãe das Águas é tão antiga quanto a própria selva, é uma criatura poderosa e temida por todos os habitantes da floresta. Sua pele é tão escura e lisa quanto a água dos rios, e seus olhos são tão brilhantes quanto as estrelas. Ela é capaz de se mover com uma velocidade assustadora, e sua cauda é tão forte quanto o tronco de uma árvore.
Na mitologia indígena, Yacumama, como é conhecida na língua Quechua, é a guardiã que protege os rios e os animais que vivem neles. Em suas águas sagradas, é sabido que quem tenta pescar ou caçar sem a permissão da Mãe das Águas ou se apanhar mais do que precisa é castigado com maldições e doenças. Daqueles que afirmam ter visto a cobra de perto, nenhum teve a coragem de se aproximar dela ou, se teve, não conseguiu contar o acontecido.
Naquele dia, voando sobre o arquipélago Anavilhanas e caçando meu enquadramento no labirinto de ilhas… como poderia imaginar… a serpente gigante se mostrou saindo das árvores, como se fosse uma parte da paisagem.
Para aqueles que tem apreço para com a maior floresta tropical do planeta é importante salientar que, assim como as pesquisas científicas entram nos meandros dos ecossistemas para desvendar seus mecanismos, do mesmo jeito e não menos importante, os legados dos povos nativos e suas riquíssimas culturas abrem novos horizonte de uma outra perspectiva. Afinal agora sabemos que a grande floresta herdada daqueles povos é uma “floresta cultural” ou “antropogênica”. Ou seja, é o conhecimento daqueles povos que ‘cultivou’ a floresta, aprimorando-a as suas necessidades. Um nativo entra na floresta pelado, sem nada mais, e ele encontra naquele ambiente tudo que precisa. Ali tem ruas, supermercados e lojas, exatamente como numa cidade moderna, sem exagero. Ele constrói um abrigo para se proteger da chuva, ele faz uma armadilha para pescar ou caçar, ele ingere uma combinação de plantas para estimular habilidades espirituais e telepáticas. Se a ciência atual quer se outorgar a árdua missão de restaurar a floresta na sua gloria ancestral haverá de decodificar mitos e símbolos daqueles que a ‘cultivaram’.
A13_R220A – Leonide Principe
Equipment: NIKON D2X with lens 12.0-24.0 mm f/4.0 set at 24 mm – Exposition: ISO: 100 – Aperture: 7.1 – Shutter: 1/200 – Program: Normal – Exp. Comp.: 0.0,
Original digital capture of a real life scene –
Original file size: 2848px x 1971px
Location: Arquipélago Anavilhanas (Novo Airão – Amazonas Brazil)
Date: April 26, 2006 – Time: 4:09:32 PM
Collection: Waterscapes – Persons shown: none
Keywords:
Anavilhanas, Novo Airão, Amazonas, Amazônia, Amazon, Amazonian, Brazil, Brasil, Brazilian, América do Sul, South America, arquipélago de Anavilhanas, Anavilhanas archipelago, archipélagos, águas, waterscapes, vista aérea, aerial view
EN1 Mother of Waters A13_R220A
PT1 Mãe das Águas A13_R220A
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https://leonideprincipe.photos

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Cobra Grande
De todas as vezes que eu voei sobre o arquipélago Anavilhanas, nunca mais me deparei com a mesma paisagem daquela fotografia, com aquele perfil inconfundível da Cobra Grande, conhecida como Yacumama, a Mãe das Águas. A busca por essa lenda antiga continuará, pois sei que ela está escondida bem no meio das Anavilhanas, entre 400 ilhas, 60 lagos e uma infinidade de paranás e furosÉ um pequeno canal utilizado para cruzar de um rio para outro. More. Afinal, é o segundo maior arquipélago fluvial do planeta. E sim, existe um arquipélago ainda maior do que esse, situado pouco mais de uma centena de quilômetros mais a leste, a montante do Rio Negro, é o arquipélago de Mariuá.
A13_R220 – Leonide Principe
Equipment: NIKON D2X with lens 12.0-24.0 mm f/4.0 set at 24 mm – Exposition: ISO: 100 – Aperture: 7.1 – Shutter: 1/200 – Program: Normal – Exp. Comp.: 0.0,
Original digital capture of a real life scene –
Original file size: 2868px x 4312px
Location: Arquipélago Anavilhanas (Novo Airão – Amazonas Brazil)
Date: April 26, 2006 – Time: 4:09:32 PM
Collection: Waterscapes – Persons shown: none
Keywords:
Anavilhanas, Novo Airão, Amazonas, Amazônia, Amazon, Amazonian, Brazil, Brasil, Brazilian, América do Sul, South America, arquipélago de Anavilhanas, Anavilhanas archipelago, archipélagos, águas, waterscapes, vista aérea, aerial view
EN2 The Big Snake A13_R220
PT2 A Cobra Grande A13_R220
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Arquipélago Anavilhanas
Aqui, nesta panorâmica, é possível ter uma noção da dimensão do arquipélago Anavilhanas. A lente zoom 12-24mm, posicionada em 16mm capturou um ângulo aproximado de 90º, e mesmo assim, ali está a Mãe das Águas, Yacumama, escondida entre as ilhas. É possível também observar o rio Negro em toda sua largura e enxergar, dos dois lados, a imensa floresta.
A13_R228 – Leonide Principe
Equipment: NIKON D2X with lens 12.0-24.0 mm f/4.0 set at 16 mm – Exposition: ISO: 100 – Aperture: 7.6 – Shutter: 1/250 – Program: Normal – Exp. Comp.: 0.0,
Original digital capture of a real life scene –
Original file size: 4312px x 2868px
Location: Arquipélago Anavilhanas (Novo Airão – Amazonas Brazil)
Date: April 26, 2006 – Time: 4:09:57 PM
Collection: Waterscapes – Persons shown: none
Keywords:
Anavilhanas, Novo Airão, Amazonas, Amazônia, Amazon, Amazonian, Brazil, Brasil, Brazilian, América do Sul, South America, arquipélago de Anavilhanas, Anavilhanas archipelago, archipélagos, águas, waterscapes, vista aérea, aerial view
EN3 Anavilhanas Archipelago A13_R228
PT3 Arquipélago Anavilhanas A13_R228
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Versão 0.1 – Sem revisão de texto, ainda
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